02/05/2013

Mais um ano

Hoje é aquele dia em que ainda me lembro de ti, aquele dia em que falaria contigo com toda a certeza, o teu dia...
Hoje já me custou menos é verdade, de cada vez em que pensava em ti forçava-me a pensar noutra coisa e orgulho-me de o ter conseguido várias vezes, distanciar os meus pensamentos de cada pedaço teu.
Olho para trás e acho estranho, estranho como é possível construir uma vida em conjunto com outra pessoa e depois não saibamos nada dela, quase como se nunca tivesse existido. Partilhar vida, espaço, sentimentos e emoções para depois não restar nada, como se aqueles anos não tivessem acontecido, como se tivesse sido tudo um sonho da qual acordamos, olhássemos em volta e não existissem vestígios de que realmente algo se pudesse ter passado.
As cartas estão guardadas, as fotografias também, os objectos há muito que foram retirados, nada permanece.
E é assim como se tu nunca tivesses aqui estado...
E hoje mesmo que ainda me tenha lembrado de ti já não doeu tanto, já não tive vontade de falar contigo, já não quero saber como estás ou como passaste este teu dia. É estranho mas prefiro realmente pensar que tudo foi um sonho e na verdade nunca te conheci...


Geri

4 comentários:

  1. Nem duvides!

    Eu olho para trás, vejo que fiz merdas menos graves e penso como tu dizes: "estranho como é possível"!!

    A vida é assim... cheia de merdas que não sabemos, ou não queremos explicar!

    Bjo*

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  2. Sabes, eu não tive uma relação tão "séria", não cheguei a casar, mas estive anos com uma pessoa antes do meu companheiro actual. O sentimento é esse mesmo: de ser estranho não saber nada de nada, se está bem ou mal... mas hoje nos seus anos já nem me lembro. ;)

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  3. E ainda bem que dói menos... é sinal que estás a conseguir cicatrizar feridas.

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  4. è mesmo assim... com o tempo vai passando e depois já nem nos lembramos, ou lembramos com menos amargo de boca. Há que pensar que o que tiveram teve um espaço, um tempo e um contexto. E que agora, na realidade, já n existe esse espaço e muito menos o contexto... e o tempo, esse já lá vai ;)

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