29/03/2013

Parece que estamos na Páscoa não é?

Tenho as melhores recordações da época da Páscoa.
Lembro-me que a minha mãe me acordava cedo e eu levantava-me cheia de entusiasmo por saber que íamos para a aldeia. Lembro-me de atravessarmos uma via rápida para apanharmos o autocarro e do frio que sentíamos enquanto esperavamos que viesse. Lembro-me de entrar na estação de São Bento e esperar ansiosa pelo chegar do comboio que nos levaria. Lembro-me de entrarmos no comboio e do mesmo estar tão cheio que já nem saíamos da porta fazendo a viagem ali de pé todo o caminho.
Lembro-me de chegar à aldeia, rever a família, das brincadeiras com os meus primos. Lembro-me de ver a minha avó a fazer o folar, de o decorar com ovos, da decoração da mesa com laranjas e a toalha branca.
Lembro-me de vermos o compasso ao longe e de corrermos para casa de cada um dos meus tios para beijarmos a cruz mais do que uma vez. Lembro-me que a visita pascal terminava em casa da minha avó e das partidas que faziam, como prender o envelope com o dinheiro com um alfinete para que não o conseguissem tirar da mesa e do quanto era divertido.


A vida entretanto foi mudando e há já alguns anos que a Páscoa já não tem este significado. Já não vou à aldeia, já não abrimos a porta ao compasso, já não como o folar.
Este ano nem sequer fui, como habitualmente, passar este fim de semana prolongado fora.
Este ano fico por casa sozinha, sem tradições mas ainda com as recordações e com as amêndoas para adoçar um pouco a vida.
Boa Páscoa a todos!


Geri

26/03/2013

Tempos difíceis...

Este está a ser um ano complicado...
No início deste ano achei que este ia ser um ano bom mas afinal as minhas previsões têm saído todas ao contrário.
Desde os problemas de saúde que me foram aparecendo (quase todos resolvidos pelo menos!), a situações difíceis de gerir no trabalho, a amizades estremecidas e algumas mesmo deixadas para trás, sonhos deixados de lado, menos tempo com aqueles que gosto, este tempo terrível que me deprime.
Agora para "ajudar" ainda mais a esta sensação de impotência tenho o coração apertado há já alguns dias por causa de uma grande amiga. Amiga essa que tem uma irmã hospitalizada em estado muito grave e que não sabemos como vai recuperar.
E eu tento animá-la, todos os dias lhe telefono, mas tenho medo, medo de como esta história vá terminar.
Chateamo-nos com tanta coisa, perdemos tempo com tretas sem qualquer importância e depois acontecem coisas destas de repente e ficamos sem chão.
Num dia estamos bem e no outro já não estamos.
Não tenho tido cabeça para nada, ando sem vontade para tudo, sinto-me tão cansada que podia simplesmente fechar os olhos e dormir dias seguidos sem qualquer esforço.


Geri

12/03/2013

E há coisas que crescem, crescem...

O que tinha 7cm afinal já vai em 8. E pronto era isto!


Geri

10/03/2013

Há notícias que me tiram do sério!

Eu nem queria acreditar quando ouvi hoje no Jornal da Noite a notícia de que um dos critérios que podem originar o despedimento dos gestores hospitalares são o número da taxa de cesarianas feitas!
Não acho que se deva fazer uma cesariana só porque sim mas também  não acredito que seja isso que aconteça. Quem o quer fazer opta por um hospital privado, marca a data e paga por ela.
Agora chegarem ao ponto de esperarem até ao limite só porque não querem fazer uma cesariana porque isto traz custos ou por questões burocráticas isso é que já não acho normal! 
Uma colega de trabalho passou por isso no ano passado e infelizmente a história terminou da pior forma possível, tudo porque esperaram horas para evitar a cesariana e depois foi tarde demais.
E como este caso, sei de muitos outros de partos horríveis, complicadíssimos só porque a opção de fazer uma cesariana é sempre posta de lado.
Eu sei que não é o único critério que será considerado, sei que falaram do tempo de espera das consultas, das cirurgias, entre outras coisas  e isso até percebo e concordo, agora o número da taxa de cesarianas feitas desculpem-me mas não consigo perceber!


Geri