Em casa dos meus pais segue-se a tradição, quarta-feira de cinzas nada de carne (e eu que janto lá todos os dias cumpro também).
À hora de almoço falava-se disso e ninguém que estava comigo se lembrava sequer desse pormenor.
A conversa seguiu inevitavelmente para a religião, as crenças de cada um e a fé.
Eu sou católica, praticante e se tentar fazer um esforço para me lembrar não há mais ninguém no meu círculo de amigos como eu. Parece que hoje em dia os jovens têm vergonha de assumir que acreditam em Deus ou que vão à missa.
Eu não vou à missa todos os domingos (nem para lá caminho!) mas gosto de ir e sinto-me bem quando vou.
Acredito em Deus e agradeço todos os dias as coisas boas que ele me dá.
Se me perguntarem se não discordo de muitas coisas inerentes à entidade Igreja eu respondo que sim, discordo de muitas mesmo! Revoltam-me imensas coisas e acho que o dinheiro e a riqueza que a Igreja Católica ostenta deveria ser direccionada para aqueles que realmente precisam.
Mas isso não impede que tenha a minha fé e que continue a acreditar no meu Deus. O meu Deus é bom e não concorda com todas essas coisas que estão erradas, o meu Deus não liga a dinheiro nem a bens materiais, o meu Deus não me renega só porque sou divorciada e segundo a Igreja Católica nunca mais poderia comungar na missa, o meu Deus está acima de todas essas coisas.
Por isso sinto-me bem por continuar assim com as minhas crenças, a tentar ser todos os dias melhor apesar de nem sempre o conseguir (claro que não é preciso ser-se católico para fazer isso) e a não ter vergonha em responder, quando me perguntam, que sim eu acredito em Deus!
Geri