22/05/2012

E quando o que temos por garantido falha...

Hoje recebi uma notícia que me deixou triste.
Soube de uma prima que não pode engravidar, após algum tempo a tentar sem sucesso e alguns exames feitos chegou a notícia que ela menos queria ouvir.
Sei que a família esperava ansiosamente que acontecesse e conhecendo-os como conheço tenho receio da decisão que vai ser tomada. A única solução será fazer fertilização in vitro mas, como se sabe, os tratamentos são muito caros e eles não têm uma condição financeira favorável para poderem fazê-lo.
Isso fez-me lembrar de uma reportagem que vi na tv há já alguns anos de pessoas que tinham perdido tudo, casa, carro, pessoas com empréstimos contraídos para conseguirem continuar a fazer os tratamentos.
Compreendo que queiram ter um filho (se há algo que compreendo bem é essa vontade), compreendo que tentem com ajuda clínica mas já não consigo compreender muito bem quando levam ao extremo esse sonho.
Uma criança precisa não só de amor mas também de condições para serem criadas com conforto e não acho que perdendo tudo estejam a ser mantidas essas condições.
Sei que são decisões difíceis, nem consigo imaginar o que será viver assim nessa angústia mas acredito que não levaria as coisas a limites incomportáveis.
Há tantas crianças para adoptar, tantas crianças à espera de ter uma família que as ame que mesmo sabendo que é um processo moroso seria sem dúvida a opção que tomaria.
Não sei qual será a decisão dos meus primos, sei que neste momento estão a sofrer e que ainda não conseguem pensar muito bem no futuro mas tenho esperança que ouçam também um pouco a voz da razão e não apenas a do coração.

Geri

4 comentários:

  1. Lamento, deve ser mesmo difícil de gerir...

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  2. Li este post ontem e não comentei porque tinha de parar e pensar nas palavras certas... Isto de ser impulsiva tem muito que se lhe diga.

    Há tantas crianças abandonadas, despejadas em orfanatos, a precisar de um lar, de amor e carinho... Sim, um dia passou-me pela cabeça que gostaria de adoptar. Esse dia ainda não chegou, mas nunca se sabe!

    Se os teus primos têm amor para dar e se esse é mesmo um sonho ou obejctivo da vida deles, porque não? Talvez depois do choque inicial venham a considerar essa hipótese. De certeza que fariam alguém muito, mas mesmo muito feliz...

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  3. é uma situação demasiado delicada. Claro que cada qual sabe de si mas a ideia de adoptar não é tão má quanto parece. Um dia gostaria de adoptar uma criança. Boa sorte para eles.

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  4. Juro que não entendo essa loucura de terem de se endividar só para garantir que a criança sai da junção daqueles esperma naquele útero. Amor é amor, filho é amor. Adopção é amor a dobrar e um acto nobre. Adoraria faze-lo um dia.

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